
A Lins Imperial ganhou mais um reforço para o desfile que acontece em fevereiro. Trata-se do tradutor e professor de dança, mais conhecido no mundo do samba como Gato de Salto. Ele chega para integrar o time de musas e musos da verde e rosa, que levará para a Sapucaí, o enredo “Madame Satã: Resistir para existir”, uma releitura de 1990 com roupagem e samba inéditos.
Natural de São Paulo, o artista que vive na Áustria desde seus 18 anos, tem formação em Comunicação Transcultural e Interpretação de Conferência e já chegou a trabalhar como tradutor na ONU, mas foi através da dança que o jovem conseguiu conquistar seu espaço.
“A saudade de casa me fez entrar em depressão e foi através do samba que eu consegui me reerguer. Passei a ouvir os sambas e assistir desfiles para matar um pouco a saudade de casa, além de me recuperar, percebi que eu levava jeito como dançarino”.
Autodidata, o artista aprendeu a arte do samba no pé assistindo vídeos de passistas e rainhas de bateria e decidiu incluir um item diferente em seus treinos, o salto alto.
“Fui gostando da coisa e notei que tinha que me profissionalizar. Fiz aulas de aperfeiçoamento com grandes nomes do samba como a rainha da Mangueira, Evelyn Bastos, Alex Coutinho, Mayara Santos, entre outros grandes nomes. Além da facilidade em sambar, me aventurei a sambar de salto. Comecei com o salto 12, depois fui aumentando até conseguir sambar com o salto 15. Hoje domino com facilidade e ajudo mulheres que temiam sambar de salto”.
Com um jeito único de sambar, o muso vem dedicando sua vida a ensinar a técnica de sambar de salto alto a mulheres como um estilo de vida, uma prática de exercícios e a busca pela melhor qualidade de vida. Através de suas aulas, o dançarino já percorreu mais de vinte países, ministrando aulas de samba no pé e participando de diversos festivais de dança.
O convite para desfilar foi feito através de vídeo chamada pelo presidente Flavio Mello e prontamente aceito pelo ativista da causa LGBTQIA+ ao saber que o enredo seria sobre a história de João Francisco dos Santos, também conhecido como Madame Satã, a primeira transformista do Brasil e símbolo de resistência no Rio de Janeiro no século XX.
“Desfilar na Lins com um enredo sobre as lutas de Madame Satã é algo incrível. Estou animado e mal posso esperar para pisar na Sapucaí como eu sou e me sinto. Não será apenas um desfile, e sim um momento mágico em que acredito que todas as agressões e ataques que sofri na vida irão perder força. Será o momento onde terei a certeza de que venci na vida”.
A verde e rosa será a segunda escola a desfilar na sexta-feira de folia pela Série Ouro. O tema está sendo desenvolvido pelos carnavalescos Edu Gonçalves e Ray Menezes.
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Se a moda pega 🤦🏾♀️
Já está na hora de ter o rei da bateria
Babi Freitas teve uns anos que tentaram, mas nâo foi pra frente. Mas eu fico pensando se é ou não válido. Afinal, são poucas as atividades que temos um total destaque feminino (claro que estou excluindo o imaginário sexista da atividade em questão)
ele é maravilhoso!