
Embalados pelos versos da parceria de Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos, Beto BR, Rubens Gordinho e Ambrosio Aurélio, o Império Serrano escolheu o seu samba-enredo na manhã deste domingo (16), em Madureira. Com uma apresentação avassaladora, conduzida pelos intérpretes Evandro Malandro, Igor Sorriso e Tem-Tem Jr., a quadra de ensaios praticamente pulsou, chegando ao ápice em determinadas partes do samba, como no verso “Dagô, Dagô é a lua de aruanda / A espada é de guerra e Ogum vence demanda”.
“É uma vitória de amor ao Império Serrano e ao meu irmão Arlindo Cruz. Toda parceria está feliz com a homenagem a esse grande amigo. Todos os três sambas tinham condições de representar a escola na Avenida. Que bom que o nosso foi escolhido. É algo mais do que especial”, afirma Aluísio Machado.
Composto em acróstico que forma o nome Arlindo Domingos da Cruz Filho na vertical, o samba deu a 15ª vitória para Aluísio Machado e a primeira de Sombrinha, principal parceiro de Arlindo Cruz no mundo musical. Machado, autor do clássico “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” ao lado de Beto Sem Braço, agora se tornou o compositor com o maior número de vitórias em concursos de samba-enredo da escola, superando Silas de Oliveira.
Ouça o samba vencedor:
Acorde partideiro sem igual
Nascia então, um samba do seu jeito
Reluz feito Candeia, imortal
O compositor, sambista perfeito
Levada de tantã, banjo e repique
Poesia de um Cacique
Malandragem deu lição
Inspiração de ventre ancestral
O dueto, a patente
Vem do fundo do quintal
Na boêmia, no subúrbio, na viela
O seu nome é Favela… Madureira
Dagô, Dagô Saravá, Obá kaô
O brado que traz justiça
Faz a vida recompor
Deixa, o fim da tristeza
Ainda há de chegar
O show do artista vai continuar
Morando nos sambas
Que você fez pra mim
Imperiano sim
No verso que aflora
Giram os sonhos da porta-bandeira
O amor de Orfeu, melodia namora
Serrinha é teu canto pra vida inteira
Dagô, Dagô é a lua de Aruanda
A espada é de guerra
E Ogum vence demanda
Cercado de axé, semeia o bem
O povo a cantar
Receba a gratidão
Reizinho desse chão
Aqui é o teu lugar
Uma porção de fé
O filho do verde esperança
Nos conduz
Zambi da Coroa Imperial
Abiaxé, Arlindo Cruz
Firma na palma da mão
Tem alujá e agogô
Império Serrano
Falange de Jorge no oxê de Xangô
Laroyê Epa Babá
Há de roncar meu tambor
O verso de Arlindo, poema infindo
Morada do amor
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