
Unidos de Vila Isabel perde Mestre Mug, um dos
heróis da Kizomba.
A Unidos de Vila Isabel perdeu na manhã desta sexta-feira (18), um dos heróis da “Kizomba, a festa da Raça”. Amadeu Amaral, o Mestre Mug, que comandou a bateria da Vila no desfile memorável do Carnaval do Centenário da Abolição, em 1988, e defendeu a escola por mais de 30 anos, morreu no Hospital Universitário Pedro Ernesto, também em Vila Isabel.
Mug estava internado desde o dia 12 de março para tratamento de uma hérnia de disco e acabou contraindo uma infecção no pulmão, agravada com a COVID-19. Conseguiu superar a infecção e dizia aos amigos que pretendia sair em breve, mas o seu quadro se agravou nos últimos dias.
Mug era presidente de honra da bateria e, durante o tempo em que a Vila ensaiou na antiga quadra do América FC, hoje Shopping Boulevard-Iguatemi, na Rua Teodoro da Silva, também trabalhou como roupeiro do time rubro. Era cria do Morro dos Macacos e Terreirinho, reduto de ritmistas da azul e branco.
O presidente Jorge Perlingeiro e a Diretoria da LIESA manifestam o seu pesar à direção da Unidos de Vila Isabel, seus componentes e admiradores, elevando preces e reflexões para que Deus ilumine os caminhos de Mug em sua nova jornada.

Mundo do Samba chora
a morte de seu grande Mestre: Adeus, Laíla!
Ainda estávamos finalizando a matéria para informar sobre a morte de Mestre Mug, da Unidos de Vila Isabel, quando o Mundo do Samba foi impactado por mais uma triste notícia: Luís Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, baluarte querido e respeitado por sambistas de todo o Brasil, sofreu uma parada cardíaca e faleceu às 11:30h, desta sexta-feira, 18 de junho.
ELe estava internado no Hospital Albert Sabin, na Tijuca, lutando contra a COVID-19. Semanas atrás, o baluarte postou nas redes sociais uma foto de quando recebia a primeira dose da vacina, que não foi suficiente para derrotar o vírus.
Aos 78 anos anos, Laíla deixa um imenso legado para o Carnaval Carioca, tendo se dedicado às Escolas de Samba por mais de 50 anos. Sócio-benemérito da LIESA, Diretor de Carnaval com passagens marcantes pelo Acadêmicos do Salgueiro, onde iniciou a sua vitoriosa jornada; pela Beija-flor de Nilópolis – onde ajudou a construir uma fantástica trajetória de conquistas -; e mais: Unidos de Vila Isabel, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos da Tijuca e União da Ilha do Governador. Com um incomparável ouvido musical, Laíla era uma das peças-chave da equipe de produção do CD de sambas-enredos das Escolas de Samba do Grupo Especial.
Laíla era um defensor das tradições do samba, sempre buscando a perfeição do conjunto, trabalhando com requintes e disciplina fundamentos do samba-enredo, da harmonia e afinação do coro das alas, da cadência e do ritmo da bateria, da graça e da leveza da dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira, sem deixar de estar atento às modernidades que o espetáculo exige.
“Foi o maior sambista que conheci”, resumiu o diretor de Marketing da LIESA, Gabriel David, que teve a chance de trabalhar ao lado dele ao longo de vários carnavais apresentados pela Beija-flor de Nilópolis.
Mais uma vez consternado, em nome de diretores e funcionários da LIESA, o presidente Jorge Perlingeiro externa suas condolências à família do grande baluarte e benemérito, compartilhando a dor por este momento de grande tristeza para o Mundo do Samba. “Que Deus ilumine por toda a eternidade a estrada do grande baluarte!”, concluiu.