
Lendária porta-bandeira do Carnaval Carioca que inspirou várias gerações de mulheres sambistas, Maria Helena Rodrigues, 76 anos, é a homenageada do projeto “Mães do Samba”, que o Museu do Samba realiza desde 2014, sempre no mês de maio. A estatueta será entregue à sambista no próximo sábado (22), em transmissão realizada pelo canal FitAmarela.
A 8ª edição faz parte da programação da 19ª Semana Nacional de Museus, que o IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, está realizando entre 17 e 23 deste mês.
“Maria Helena é dona de um legado fundamental para a preservação do tradicional bailado dos casais; ela foi exemplo de garra e talento na Passarela do Samba e continua a influenciar porta-bandeiras de diferentes idades”, afirma Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu.
A homenageada que estreou na Avenida há 50 anos, recebeu a notícia com muita emoção e bom humor.
“Estou achando muito chique essa homenagem; para mim é importante que os sambistas sejam lembrados enquanto ainda estão vivos. Eu só tenho a agradecer ao Museu do Samba”.
Maria Helena foi seis vezes campeã do Carnaval Carioca pela Imperatriz Leopoldinense e três vezes vencedora do Estandarte de Ouro – prêmio do jornal O Globo considerado o Oscar da folia. Entre 1983 e 2005, ela dançou com seu filho Chiquinho, formando um casal que transformou-se em referência dos desfiles na Sapucaí. A dupla também deu aulas do bailado do casal para crianças da Vila Cruzeiro, comunidade do Complexo da Penha e da Vila Olímpica de Ramos.
Maria Helena nasceu em 1945, em São João Nepomuceno, Minas Gerais, e mudou-se para o Rio em 1960. Em 1971, estreou como porta-bandeira, aos 26 anos de idade, defendendo a Unidos da Ponte. Além da Imperatriz, a sambista teve passagens pelas agremiações cariocas Unidos da Tijuca, Império da Tijuca, União da Ilha do Governador e Alegria da Zona Sul e pela Unidos da Vila Mamona, no Mato Grosso do Sul.
Sobre o Troféu Mães do Samba – Desde 2014, o troféu é entregue pelo Museu do Samba a mulheres que são consideradas referências para a preservação e difusão da identidade do samba carioca, por meio de sua liderança em movimentos culturais e sociais e de sua luta pela valorização dos sambistas. A celebração acontece uma vez por ano, sempre em maio, mês em que se comemora o Dia das Mães.
Nas edições anteriores foram homenageadas sambistas como Tia Surica, Selminha Sorriso, Vilma Nascimento, Dorina, Tia Nilda, Tia Glorinha do Salgueiro, Ângela Nogueira, Dorina, Geisa Kety, Selma Candeia e Tia Gessi, entre outras.