
Sambista de carteirinha e apaixonada pelo Carnaval Carioca, Egili Oliveira continuará à frente dos ritmistas da Acadêmicos de Vigário Geral. A confirmação veio esta semana e a professora, que viaja ao redor do mundo ensinando a arte de sambar aos gringos, afirma que não poderia estar mais feliz.
“Desfilei em outras escolas de samba e guardo um carinho imenso por cada uma delas, principalmente porque nessas agremiações fui construindo a minha trajetória enquanto sambista e musa do Carnaval Carioca. Sou muito grata a todos por tudo, mas a minha chegada à Vigário foi realmente um divisor de águas na vida. Não sei se por conta do amadurecimento ou porque sempre havia sonhado em ser rainha de bateria”.
Aos 40 anos e com um neto de dois, Egili conta como vem lidando com o período de afastamento social e a saudade dos alunos. Com um estúdio recém inaugurado, a rainha da bateria Swing Puro tenta enxergar o lado positivo da quarentena.
“Estamos muito ocupados para tudo, sempre muito voltados para o sucesso, dinheiro, aparência física. Não estamos errados, mas também acho que estávamos muito soltos e desapegados do que também é muito importante, que são os nossos valores interiores. Mas ganhamos um autoconhecimento que vai nos permitir, inclusive nos reinventarmos”.
Vale lembrar que a escola alcançou a décima-primeira colocação ao desfilar pela Série A, apresentando o enredo “O conto do Vigário”, dos carnavalescos Marcus do Val, Lino Salles e Alexandre Costa.