PARCERIA DE SAMIR TRINDADE (Campeã)

Compositores:
Samir Trindade
JR Beija-flor
Ribeirinho
Guto Biral
Davi Show Serrinho
Ricardo da G. Braga
Dilson PS Medeiros e
Rômulo Presidente

Intérprete:
Zé Paulo Sierra

Nego
Malandragem de Angola
Fujão de senzala
Moleque meu irmão
Eu vi um nego
Guerreiro ancestral
Na dança do ritual
Pra fazer revolução

Pé descalço no céu
Berimbau na mão

Okô, ôô era Senhor
Chora o capoeira
Sonhava um tempo de paz
Cordel na beira do cais
Deu meia lua
E não foi de brincadeira
Rabo de arraia
Levantou poeira
Paranauê, paranauê Paraná

Jogo de dentro
São Bento, filosofia
Maculêlê, Maria
Paranauê Camará

E lá vai o Capoeira
(Zum zum zum zum)
Feito brisa a liberdade
(Na rasteira mata um)
Foi o mestre na Bahia
Foi aluno em Palmares
E quando vejo
O povo da Vila Vintém
Que na briga
Não teme ninguém
Lembro o Capoeira
O nosso herói
Se fez besouro e bamba
É filho desse quilombo
Resiste aprendendo
A amar o samba

Girou, gira, jogador
Abre a roda pra
Cultura brasileira
Gingou, ginga, vencedor
É a Unidos de Padre Miguel
Capoeira!!!

PARCERIA DE CLÁUDIO RUSSO

Compositores:
Cláudio Russo
Fadico
Lequinho
Carlinho do Mercadinho
Orlando Ambrosio e
W. Correa

Participações Especiais:
Marquinho BF e
Toninho do Trayller

Intérprete: Tinga

Ê Camará!
Capoeira me chamou
Camará!
Fere o couro do tambor
Febre e fogo
Em minhas veias
Na dança
Do Ngolo na aldeia
Menina moça atiça
Mais um Camará!
“Fio” de negro
Valente e fujão
Sou o pavio
Resisto ao pregão
Para o feitor
Que ergueu o chicote
Uma sola de pé no cangote

Meia lua, lua inteira
A ponteira é fatal
Não se atreva capoeira
A jogar no meu quintal
O martelo vai no quengo
Feito rabo de arraia
Só não chora
Nem faz dengo

Essa roda é minha praia

Eu vou me embora
A Bahia é meu lugar

Paranauê, Paraná
Paranauê, Paraná
O dá no nêgo
No nêgo você não dá
Ginga, vence mandinga
Vovó Cambinda
Deixou de herança
Ginga no Maculêlê
Mais forte que pinga
Amansa leão no dendê
Pastinha na gira
Mandou pra mim
São Bento
Abençoa este cordel
No meu berimbau
Skindin din din
Pra Unidos de Padre Miguel

Abre a roda
No terreiro iaiá

Tem zum zum zum
Capoeira, capoeira
Mata um

Hoje livre da senzala
Onde o negro foi refém
Jogo de Angola
Na ginga da Vila Vintém

PARCERIA DE PIXULÉ

Compositores:
Pixulé, Allexandre Valle
Paulo Bispo, Marcos Laureano
Gylnei Bueno e Diego Natural

Intérprete:
Pixulé

Sou luta, sou dança
Moleque, criança
Rei eu sou
Profana gingada
Dança sagrada
Mãe África
Em seu ventre me gerou
Dessa terra, fruto e flor
Na “travessia”, lamento e dor
Nas veias…
A seiva de meus ancestrais
Contra a lei do opressor
Deixar de lutar, jamais!

De Angola ao Valongo
A reação…
Em telas, retrato
Do “Banto” em ação
Bem mais que um combate
Ou violência
Sou Capoeira
Um ato de resistência

Mestre, sua “benção”
A roda já vai começar
Berimbau chamou
“Paranauê! Paranauá!”
“Maculelê
São Bento Grande
Ave-maria”
Na festa das santas
“Toque de Santa Maria”
Ao pé do atabaque
Vou me benzer
Da “negativa”
Nunca hei de esquecer
Fui perseguida (ô,ô,ô!)
Proibida de andar na rua
De “banda” em banda
“Meia lua” em meia lua
Virei lei
Patrimônio da humanidade
Um “iê!”
Aos heróis da negritude
Que aqui gingaram
Sua brasilidade

Ê… Capoeira!
Guerreiros
Crias desse chão!

Quilombola de Padre Miguel
A ginga do seu coração

PARCERIA DE ELI PENTEADO

Compositores:
Eli Penteado, Gulle
Ruth Labre, Dr. Elói
Franco Cava, Roni Pit’Stop
Tio Valdir e Hélio Silveira

Intérprete:
Emerson Dias

Agô meu pai Ogum
Abençoai…
Teus filhos de fé
Na gira da ginga do samba
Axé! axé! axé!
Festa de passagem
Fuzuê na aldeia
No ventre da Mãe África
Nasci guerreira
Dança N’Golo
Ao toque dos Ylus
No coração de Angola
Okô é força divinal
Que nos conduz
No Cais do Valongo corria gira
O sangue negro
De vermelho, o porto tingia

É Dandalunda
Rabo de arraia
É Banzo no vento
É lamento de senzala

Dei rasteira no tempo
Gingando pra lá e pra cá
Dando um golpe certeiro
Fiz o mundo girar
Mesmo proibida jonguei
E toda roda sambou
No silêncio da noite
Enganando o opressor
Paranauê, Paranauê, Paraná
Berimbau é sagrado
Na procissão e no congado
Sou eu! sou eu! sou eu!
Sou eu! Maculelê sou eu!
Vila Vintém raiz quilombola
Batuque guerreiro
Gunga, médio e viola
Na magia
Dos mestres imortais
Sou patrimônio
Da humanidade
Meu nome é Capoeira
Sou afro brasileira

Eu sou a ginga
Nação Unida de Padre Miguel

Abra a roda
Firma na palma da mão
Risca o chão do terreiro
Meia lua alumia
Vamos plantar bananeira
E colher a poesia

PARCERIA DE THIAGO VAZ

Compositores:
Thiago Vaz
Renan Diniz
Solano Santos
Jefferson Oliveira
Professor Laranjo
Fernando Professor
Celso do Tamanco e
Thiago Meiners

Intérpretes:
Gilsinho e Igor Vianna

Ê Camará…
Deixa o sonho navegar
O axé se revelar
Aos tambores de Angola
E floresce um novo amor
Templo sagrado de Okô
Meu ritual começou
Tem magia
Mãe, o fruto que brota
Em seu chão
É saber e devoção…
Feitiçaria
A esmo na cerne da dor
Do lamento
Nos mares há tempestade
E sofrimento
Acorrentado
Pela intolerância
A vil ganância
Não manchou
Meu sentimento

A beira do cais
Ao som do tambor
A noite sombria
Esculpia meu valor
Ser livre na alma
Espelho do corpo
Na dança dos pés
A luta de um povo

Aruanda ê, Aruanda
Toda esperança, Ibejê
Expressão de ideais
O poder
Dos ancestrais em você
Firma o atabaque
Rabo de arraia
Bananeira…
Meia lua e o jogo continua
Tem capoeira que embala
O povo da Vila Vintém
Toca o berimbau
Tem maculelê
Meu gingado roda o mundo
Corre gira pra vencer
De Macunaíma
E dos sambas de Candeia
Herança e cultura brasileira

Entra na roda
Vem jogar camará…
Ê camará

Paranauê, Paraná…
Capoeira

Sou Quilombola…
Da Vintém
Eu sou a ginga

Sou o batuque
Da Unidos na avenida

PARCERIA DE JEFINHO RODRIGUES

Compositores:
Jefinho Rodrigues
Paulo Cesar Feital
Jonas Marques
Denilson do Rosário
Carlinhos da Chácara
Marcio Silva
Vinícius Sombra e
Léo Peres

Intérprete:
Wander Pires

Filho do axé
De Daomé, Angola
Na travessia
Tenebrosa nos porões
Do mar eu trago
A resistência quilombola
Eu sou malungo
Dessa gente mandingueira
Vem opressão e toma lá
Rabo de arraia
Ginga na roda
Minha alma brasileira
Sobe poeira hoje
Caio na gandaia
Tiramos a mordaça
De Anastácia
Pra ecoar a voz da raça
São Bento chama
Tem capoeira

Vila Vintém
Não é de marcar bobeira

Do Valongo ao Gantois
Vai roncar
O tambor
De Barravento, Camará

Tem ladainha
Ssinhô, clareia!

Abre a senzala
É noite de lua cheia

Ó mãe nossos katinguelês
Tem no sangue os Malês
Guerreiros da esperança
Valeu, Zumbi!
A luta continua
O povo tá de pé
O samba de Ciata
Negra luz, Quelé
O canto da favela
Tá na rua
Ginga… legado
Aliança pra igualdade
Preconceito é coisa
De covarde
Liberdade!

No jogo da vida
Eu sou capoeira
Sou Padre Miguel
Não levo rasteira
No meu terreiro
Fala alto o berimbau
Há resistência
Nesse mundo desigual

PARCERIA DE ODUVALDO MARFIM

Compositores:
Oduvaldo Marfim
Odair S.M., Gilmar JN
e Aldo Medeiros

Participações Especiais:
Jaci Campo Grande
e Riquinho Pascoal

Intérprete:
Marcio Preza

Oh, minha mãe
Berço da humanidade! ôôô
Sou a poesia que parte
Em cada nativo
Acorrentado ôô
Ainda ouço o dobrar
De seus tambores
Nos sagrados
Templos de Okô
N’golo a matriz
A Enfundula o ritual
Mocupê a festejar!
Onde a menina moça
Se prepara p’ra casar!

Saudade no peito
Coração sangrando
Pequena África
Vou lutar pra me aceitar
Gingando, cantando
Na esperança de alcançar

É no xire
Que o corpo dança
Alma transcende
Traz paz no coração!
O sofrimento
Me vestiu de poesia
Sou acalento
De uma raça sem igual
A cura
A dissolver ingratidões
Proibida, mas protegida
Pelas tias
Nos fundos de quintais!
Oh minha ginga
Tenho um que de cangerê!
Peço a benção para jogar
Não jogo p’ra perder!
Ressoa atabaques
Alegria africana
Sou oficio, decreto virei
Arte popular!
Me chamo capoeira
“Quem quiser, pode jogar”
Salve a Bahia
E todos os santos
E todos os orixás!
Axé aos mestres
Da arte de gingar!

Explode caldeirão
Chegou Unidos
De Padre Miguel
Sempre a brilhar
Ginga meu povo
A guerreira tem raça
Meu Boi Vermelho
A festejar

PARCERIA DE LEONARDO D'VINCI

Compositores:
Leonardo D’Vinci
Toni C., Nene Brown
Cimazinho Machado
e Leozinho Nunes

Participações Especiais:
Pestana e Fabão

Intérprete:
Marquinho Art’Samba

Ginga, mandinga
Que vem dos ancestrais
Cultuada em rituais
É nação sangue zumbi
É Força, fruto
Que brota desse chão
É como erguer o pavilhão
É vencer, é tradição mamãe
Angola que me
Leva Angola
Angola que me
Leva eu levo ela
É berço o templo
Sagrado de Okô
Onde o mestre ensinou
Contra as leis do opressor
Resistência é meu nome
Desde o cais carrego a dor
Hoje o mundo inteiro
Reconhece meu valor

Rodopio, danço
Brincou o carnaval
Pediu a bença
Toca o tambor
Maculelê, berimbau
Pandeiro e agogô

Ôôô o canto do negro
No samba ecoou
É gira que corre
Gira nas rodas
De Macunaima
À Candeia
E as jongueiras
Em partido alto
Mestre Bimba
Era regional
Eu sou padroeira
Sou a ginga
Da Vila Vintém
Aqui eu aprendi
A amar a raiz
Eu sou guerreiro
Quilombola
Sou capoeira
Muito prazer
Paranauê… paranauê
Paranauê…

Unidos de Padre Miguel
Tá na gira, Camará
Entra na roda e ginga
Eu sou valente sou filho
E devoto de Ogum
Zum zum zum
Zum zum zum
Capoeira mata um

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