
SAMBA / BATERIA
Presidente:
Jorge Honorato
Enredo:
“Meu Deus, meu Deus
está extinta a escravidão?”
Carnavalesco:
Jack Vasconcelos
Direção de Bateria:
Ricardinho
Compositores:
Claudio Russo, Moacyr Luz
Dona Zezé, Jurandir e Aníbal
Intérpretes: Nino do Milênio
Celsinho Mody e Grazzi Brasil
Irmão de olho claro
Ou da Guiné
Qual será o valor?
Pobre artigo de mercado
Senhor…
Eu não tenho a sua fé
E nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que
Escorre da ferida
Mostra que a vida
Se lamenta por nós dois
Mas falta em seu
Peito um coração
Ao me dar escravidão
E um prato
De feijão com arroz
Eu fui Mandinga
Cambinda, Haussá
Fui um Rei Egbá
Preso na corrente
Sofri nos braços
De um capataz
Morri nos canaviais
Onde se planta gente
Ê, calunga
Ê! Ê, calunga
Preto Velho me contou
Preto Velho me contou
Onde mora
A senhora liberdade
Não tem ferro, nem feitor
Amparo do Rosário
Ao negro Benedito
Um grito feito
Pele de tambor
Deu no noticiário
Com lágrimas escrito
Um rito, uma luta
Um homem de cor
E assim
Quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada
Assistiu fogos no céu
Áurea feito
O ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira
Contra bondade cruel
Meu Deus, Meu Deus
Se eu chorar
Não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social
Não sou escravo
De nenhum senhor
Meu Paraíso é meu bastião
Meu Tuiuti
O Quilombo da favela
É sentinela da libertação